A teologia arminiana é um sistema teológico que se baseia nos ensinamentos de Jacobus Arminius, um teólogo holandês do século XVI. Essa teologia enfatiza a liberdade humana e a capacidade de escolha na salvação, em contraste com a teologia calvinista, que destaca a soberania de Deus e a predestinação.
Quem foi Jacobus Arminius?
Nascido em 1560, Jacobus foi um teólogo e pastor holandês cujas ideias desafiaram a teologia calvinista dominante na época e deram origem à teologia arminiana. Nascido como Jakob Hermanszoon em Oudewater, Holanda, Arminius estudou na Universidade de Leiden e, posteriormente, em Genebra e Basileia.
Arminius discordava de algumas doutrinas calvinistas, especialmente as relacionadas à predestinação e à eleição incondicional. Ele defendia que o ser humano possuía livre-arbítrio e que a graça divina era resistível. Essas ideias, em oposição ao calvinismo, enfatizavam a responsabilidade humana na salvação e a possibilidade de todos serem salvos mediante a fé. Após a morte em 1609, seus seguidores, chamados arminianos, continuaram a desenvolver e disseminar suas ideias teológicas. A teologia arminiana tornou-se uma das principais correntes do pensamento protestante e exerceu uma influência duradoura no cristianismo, especialmente nas tradições metodista e pentecostal. A teologia arminiana aborda vários temas e doutrinas fundamentais, entre os quais se destacam:
Livre-arbítrio:
A teologia arminiana defende que os seres humanos possuem livre-arbítrio, ou seja, têm a capacidade de escolher entre o bem e o mal e, assim, participar ativamente de sua própria salvação.
Graça preveniente:
A graça preveniente é a graça de Deus que capacita os seres humanos a responderem ao chamado divino, permitindo a escolha de aceitar ou rejeitar a salvação.
Eleição condicional:
A teologia arminiana sustenta que a salvação é oferecida a todos, mas apenas aqueles que aceitam a graça de Deus através da fé são eleitos para a salvação.
Expiação ilimitada:
Os arminianos acreditam que Jesus morreu por todos os seres humanos, não apenas pelos eleitos, tornando a salvação possível para todos que aceitarem a graça divina.
Resistência à graça:
Na teologia arminiana, os seres humanos têm a capacidade de resistir à graça de Deus e rejeitar a salvação.
Perseverança dos santos:
Há um debate entre os arminianos sobre a possibilidade de perder a salvação. Alguns defendem que os cristãos podem perder sua salvação, enquanto outros sustentam a perseverança dos santos, ou seja, a ideia de que os verdadeiros crentes não perderão sua salvação.
A teologia arminiana influenciou várias denominações cristãs, como os metodistas e os pentecostais, e continua a ser um importante sistema teológico no cristianismo contemporâneo.